Telcos devem posicionar-se como prestadores de serviços digitais para sobreviverem à constante disrupção e mudança nas necessidades dos consumidores

Artigo de Opinião por Mariam Abdullahi, responsável pela Indústria de Telecomunicações na SAP África

 

Mariam Abdullahi, Leader Telco chez SAP Afrique

Mariam Abdullahi, responsável pela Indústria de Telecomunicações na SAP África

LUANDA, Angola, 28 agosto de 2017,-/African Media Agency (AMA)/- Desde o início das primeiras redes móveis estabelecidas em África, nos anos 90, os operadores de redes móveis tiveram um crescimento exponencial, ao ponto de se tornarem em algumas das maiores e mais rentáveis empresas do continente, com operadores como o MTN a posicionar-se regularmente entre o top 10 das empresas africanas mais valiosas. A contribuição do sector das telecomunicações para o PIB dos países africanos é significativo: a agência nacional de estatística da Nigéria (Nigeria’s National Bureau of Statistics) salientou que em 2016 os sectores das telecomunicações e tecnologias de informação e comunicações (TIC) contribuíram com 10% do PIB total dos países ricos em petróleo.

Contudo, à medida que as megatendências tecnológicas, tais como hiper-conectividade, computação na nuvem e dispositivos conectados, criam disrupção nos modelos de negócio das empresas de telecomunicações, os operadores de redes móveis têm de se reinventar para manterem a sua relevância no mercado. Os dias do simples fornecimento de voz, dados e de alguns serviços adicionais acabaram.
Os serviços “over-the-top” obrigaram a repensar a forma como as telcos extraem valor da sua extensa infra-estrutura de rede. O WhatsApp, por exemplo, tem mais de 900 milhões de membros que enviam mais de 30 mil milhões de mensagens por dia sem qualquer custo, ignorando os operadores de rede e reduzindo a receita tradicional de voz e SMS. A analista Ovum prevê que as empresas de telecomunicações vão perder mais de 386 mil milhões de dólares entre 2012 e 2018 somente para serviços “over-the-top” de VoIP. E enquanto alguns países – como a Etiópia – proibiram chamadas e envio de fotos através de serviços OTT, como o WhatsApp, os operadores inteligentes estão a aproveitar os serviços OTT para aprofundar a personalização aos clientes.

Dispositivos inteligentes, modelos de negócios mais inteligentes
Com a proliferação de dispositivos inteligentes e análises em tempo real, a expectativa do consumidor é também cada vez mais elevada. Por isso, as empresas de telecomunicações vêem-se forçadas a impulsionar a inovação e a desenvolver novos fluxos de receita que alavanquem a vasta infra-estrutura de rede.

As Telcos estão também numa posição única para capitalizar a Internet of Things: as redes de tráfego das cidades inteligentes que funcionam na infra-estrutura das redes móveis poderiam fornecer informação e conhecimento em tempo real para a administração da cidade e para uma melhoria da experiência do cidadão. A NTT no Japão, por exemplo, tem em curso um projecto de transportes públicos que faz o rastreamento do cansaço dos motoristas, de forma a assegurar a sua substituição ou o seu descanso antes que aconteça algum incidente.

À frente da cloud
Prevê-se que o tráfego móvel na cloud deva crescer onze vezes entre 2014 e 2019, criando uma grande oportunidade para as empresas de telecomunicações tirarem partido da sua posição ímpar de infra-estrutura no desenvolvimento e na hospedagem de aplicações na cloud.

Por exemplo, os operadores podem criar clouds de gestão privada e hospedarem soluções de ERP para entidades governamentais locais, evitando que tenham que investir em pessoal, despesas gerais, competências e outros custos geralmente bastante elevados.

Graças à amplitude das redes, mesmo em áreas rurais onde podem faltar outras formas de infra-estrutura de comunicação, as empresas de telecomunicações também podem desempenhar um papel importante no fornecimento de conectividade entre as escolas, enquanto os agricultores podem desfrutar do acesso a dados críticos sobre as condições climatéricas ou sobre o mercado para melhoria dos seus rendimentos e garantia de um ótimo retorno para a sua colheita.

Activar o estilo de vida digital
Um estudo do Mobile World Congress revelou que 50% das empresas de telecomunicações mundiais estimam que a receita proveniente de novos serviços está entre os 15% e 50%. Em África, algumas empresas de telecomunicações tiraram partido das suas bases de clientes para se posicionarem no coração dos novos serviços digitais, como a segurança doméstica, transporte, entretenimento e serviços financeiros.

A Safaricom, por exemplo, lançou o Little Cab, que é um concorrente da Uber pensado para o mercado do Quénia. Ao utilizar a infra-estrutura de rede das Telco e soluções como a M-PESA, que disponibiliza a opção de pagamentos sem dinheiro, a Little Cab oferece uma opção de transporte económica e personalizada para mais de 25 milhões de assinantes do operador.

O núcleo digital permite a inovação Telco
No núcleo das reinventadas empresas de telecomunicações, os modelos de negócio são um processo contínuo de transformação digital. Como as Telcos procuram melhorar a experiência do cliente, respondendo de forma exata e em tempo real às ameaças e às oportunidades que surgem, além de procurarem optimizar os processos desde o aprovisionamento até à gestão da força de trabalho, a necessidade de um núcleo digital que suporte análises em tempo real torna-se primordial.

A personalização na gestão do cliente, por exemplo, requer que as Telcos sejam capazes de interagir com os clientes em qualquer canal da sua escolha, incluindo email, redes sociais, telemóvel, entre outros. Para permitirem isto, precisam de uma plataforma que integre todos os canais e proporcione uma visão única e precisa de qualquer cliente, permitindo-lhes que contactem com os clientes de forma individual.

Com o crescimento do big data e analytics, as empresas de telecomunicações também procuram dotar-se da habilidade de compreenderem os problemas em tempo real e resolver os mesmos de forma bem-sucedida.

As redes criadas nos anos 90 simplesmente não vão conseguir acompanhar a procura actual. Em muitos países, os reguladores requerem que as Telcos assegurem serviços com uma disponibilidade de 99.999% ou então serão obrigadas a pagar multas. As Telcos podem assim usar o poder da SAP Cloud Platform para digitalizar as suas operações e rapidamente acompanhar o desenvolvimento e a implementação de inovações para os clientes.

Atualmente, os CEOs das Telcos encontram-se numa encruzilhada. A mina de ouro que caracterizava a indústria há uns anos atrás está a chegar ao fim. Os serviços OTT estão a colocar muita pressão nas receitas, com o cenário de disrupção a manter-se ou até mesmo a acelerar. Aqueles que olham de forma séria para as suas operações e optimizam os processos, ao mesmo tempo que conduzem a inovação nas empresas, estarão mais bem posicionados para se tornarem nos fornecedores digitais de eleição pelos consumidores e indústria.

É tempo de construir novas linhas de receita para os operadores, que os levem a ultrapassar a próxima década com sucesso.

Distribuído pela African Media Agency (AMA) em nome da SAP África.

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A SAP (NYSE: SAP), como líder no mercado de software e aplicações empresariais, ajuda as empresas de todas as dimensões e indústrias a melhorarem o funcionamento do seu negócio. Nas unidades de negócio, na administração das empresas, nos armazéns, nas lojas ou em movimento, através de dispositivos móveis, a SAP habilita os profissionais e as organizações a trabalharem em conjunto de forma mais eficiente e a utilizarem a informação de gestão com maior eficácia. Os serviços e as aplicações da SAP ajudam cerca de 345 mil clientes, empresas e organizações da Administração Pública, a crescerem de forma sustentada, bem como a serem mais rentáveis, mais ágeis e mais competitivos. Para mais informação, visite-nos em www.sap.com

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Source: African Media Agency

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