Segundo o último relatório do ICAEW, em 2017 os formuladores de políticas de toda a África enfrentarão desafios sobre o modo como minimizar instabilidades sem afectar a capacidade económica de elevar os padrões de vida. No relatório Economic Insight: Africa Q4 2016, o órgão financeiro e contabilístico ressalta o número de riscos potenciais que podem conduzir à inflação
LONDRES, Reino Unido, 16 de dezembro de 2016,-/African Media Agency (AMA)/- “Ao iniciarmos o ano de 2017, empresas de toda a África terão a atenção centrada nos vários riscos internos e externos à estabilidade económica. Um dos principais riscos, do ponto de vista interno, é as várias fontes potenciais de uma inflação mais acelerada durante o ano. A turbulência económica deve-se à seca prolongada que resultou em um aumento dos preços alimentícios, especialmente na África Oriental e Austral, as quais representam um importante condutor da inflação de 2017. Os riscos inflacionários adicionais emanam do enfraquecimento da moeda local e do efeito preço-salário, à medida que os trabalhadores buscam compensações mais elevadas e em linha com a alta inflação, embora em determinados países a pressão sobre as finanças públicas e consolidação forçada limitam o grau em que as demandas salariais possam ser atendidas no sector público”, afirma Michael Armstrong, Director Regional do ICAEW no Oriente Médio, África e Sul Asiático.
A fomentação da estabilidade económica interna integra o impedimento de crises económicas e financeiras, grandes flutuações da actividade económica, elevação da inflação e incremento da volatilidade dos mercados cambial e financeiro. Por outro lado, instabilidade pode elevar incertezas, desincentivar investimentos, entravar crescimento económico e baixar os padrões de vida.
“Uma economia de mercado dinâmica implica um certo nível de volatilidade e uma mudança estrutural gradativa. Entretanto, formuladores de políticas terão de identificar o melhor modo de poder reduzir a instabilidade enquanto retêm a capacidade de melhorar as condições de vida mediante crescimento, produtividade e empregabilidade sustentáveis”, afirma Michael Armstrong.
O relatório também ressalta que em 2017, a consolidação fiscal na Zâmbia e Gana perceberá um aumento dos custos dos serviços de utilidade pública, e que o enfraquecimento das taxas cambiais continuará a ser a principal fonte de risco inflacionário e que as rígidas condições de liquidez cambial dos principais produtores de petróleo da Nigéria e Angola manterão elevadas as pressões inflacionárias no próximo ano, obrigando importadores a obter fundo de maneio do mercado de divisas paralelo.
De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), em 2015 os fluxos de investimento estrangeiro directo (IED) na África sofreu uma queda de 7% para 54 bilhões de dólares, com a redução de fluxos na África Subsariana (ASS) contrabalançando os fluxos de maiores vultos no Norte de África. Em nível regional. Os fluxos de investimento estrangeiro directo na África Ocidental sofreram uma queda de 18%; na África Central a queda foi de 36% e na África Oriental foram registados fluxos marginalmente inferiores de 2%. Por outro lado, fluxos avultosos na Angola presenciaram um aumento de investimento de 2% na região da África Austral.
Com os últimos acontecimentos nos EUA, os formuladores de políticas e empreendimentos na África terão grande interesse em conhecer os planos do Presidente eleito, Donald Trump, para as políticas de desenvolvimento e comércio. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os EUA é o principal benfeitor da ASS em termos de ajuda pública bilateral ao desenvolvimento (APD). Os primeiros sinais apontam para uma política orçamental expansionista, sob a administração de Trump, e é possível que sejam necessários alguns cortes de gastos, a fim de abrigar um aumento de despesas infra-estruturais. Isso eleva o risco de que a maior economia do mundo possa refrear ajuda ao desenvolvimento, causando efeitos adversos em países dependentes como, por ex., Etiópia, Quénia, Tanzânia, Nigéria e República Democrática do Congo (RDC).
O relatório Economic Insight: Africa Q4 2016 foi publicado pela Oxford Economics, parceira do ICAEW e especialista credenciado em previsões económicas globais, e pela NKC African Economics.
Para leitura completa do relatório Economic Insight: Africa, queira clicar em: http://www.icaew.com/en/technical/economy/economic-insight/economic-insight-africa
Distribuído pela African Media Agency (AMA) em nome de ICAEW.
Pedido de informação à imprensa:
Jamie Douglass
ICAEW Press Office (assessoria de imprensa)
Tel: +44 (0)20 7920 8718
correio electrónico: James.Douglass@icaew.com
Charity Katago
Tell-Em Public Relations – África Oriental
Tel: +254 722 738 583
correio electrónico: charity.katago@tell-em-pr.com
Joel Chacha
Tell-Em Public Relations – África Oriental
Tel: +254 722 909 251
correio electrónico: joel.chacha@tell-em-pr.com
Comunicados aos editores:
Sobre o ICAEW
1. O ICAEW é uma instituição de filiação profissional que figura-se entre os líderes mundiais e que promove, desenvolve e apoia mais de 145 mil revisores oficiais de contas em todo o mundo. Proporcionamos qualificações e desenvolvimento profissional, compartilhamos conhecimento, compreensão e especialização técnica, e protegemos a qualidade e integridade da profissão contabilística e financeira.
Na capacidade de líderes contabilísticos, financeiros e empresariais nossos membros possuem o conhecimento, as competências e o compromisso para conservação dos mais elevados padrões profissionais e integridade. Contribuímos conjuntamente para o sucesso de indivíduos, empresas, comunidades e economias em todo o mundo.
Graças a nós, as pessoas podem realizar negócios com confiança.
2. O ICAEW é membro fundador do Chartered Accountants Worldwide e da Global Accounting Alliance.
Sobre a Oxford Economics
A Oxford Economics é uma das principais empresas de consultoria económica do mundo e conduz análises em 200 países, 100 indústrias e 3 mil cidades. Suas ferramentas analíticas proporcionam uma capacidade inigualável de previsão das tendências económicas, bem como seu impacto económico, social e comercial. Com sede situada em Oxford, na Inglaterra, a empresa dispõe de unidades regionais em Londres, Nova Iorque e Singapura, bem como escritórios ao redor do mundo, e emprega uma das maiores equipas de macroeconomistas e especialistas em liderança de pensamento.
The post A preservação de estabilidade interna significa enfrentamento de desafios na África em 2017 appeared first on African Media Agency.
Source: African Media Agency